Kiss me Kate – O beijo da megera foi um espetáculo musical que esteve em cartaz no Teatro Bradesco, no Rio de Janeiro, em 2015. Dirigido por Charles Moeller e Cláudio Botelho, tratava-se do primeiro musical de Cole Porter integralmente encenado no Brasil.
Alessandra Verney e José Mayer em “Kiss me Kate” (2015). Foto: Leo Aversa
JOSÉ MAYER era Fred Graham/Petruchio e dividia a cena com Alessandra Verney (Lilli Vanessi/Catarina) e Chico Caruso, interpretando um dos gângsteres, em sua estreia em musicais.
JOSÉ MAYER COMO FRED GRAHAM E PETRUCHIO EM KISS ME KATE
Fred Graham, personagem de Mayer, é um vaidoso dono de uma companhia de teatro que viaja pelo país com a montagem de ‘A Megera Domada’, de William Shakespeare. É um “metateatro”, ou seja, o teatro encenando a experiência do teatro. No palco da ficção, Mayer (Fred Graham) e Verney (Lilli Vanessi) vivem um dos mais celebrados casais de Shakespeare, Petruchio e Catarina (personagens que inspiraram também a novela “O cravo e a rosa”, da Rede Globo).
José Mayer em “Kiss me Kate” (2015). Foto: Leo Aversa
No elenco, além de Mayer, Verney e Caruso, estiveram em palco Fabi Bang, que deixou o elenco para assumir o papel de Glinda, (uma das protagonistas de Wicked, montagem da T4F, realizada em São Paulo) e foi então substituída por Jana Amorim, Guilherme Logullo, Will Anderson, Ivanna Domenyco, Ruben Gabira, Jitman Vibranovski, Léo Wainer, Marcel Octavio, Beto Vandesteen, Igor Pontes, Leonardo Wagner, Augusto Arcanjo, Giselle Prattes, Mariana Gallindo, Lana Rhodes, Patrícia Athayde, Thiago Garça, Tomas Quaresma e Alan Rezende.
Elenco de “Kiss me Kate” com Fabi Bang ao centro (2015). Foto: Leo Aversa
A orquestra, regida por Marcelo Castro, contava com 13 músicos que executavam sucessos de Porter como ‘So In Love’, ‘From This Moment On’ e ‘Another Op’nin’, Another Show’.
OS PRÊMIOS DE JOSÉ MAYER POR KISS ME KATE
A montagem, em 2015, foi um espetáculo pleno e repleto de inteligência e humor. Premiadíssimo, deu a Mayer os prêmios de melhor ator de teatro da APTR (Associação de Produtores de Teatro), Cesgranrio e Reverência.
Sem o apoio de investimentos milionários, cenário simples e pouca ou quase nenhuma automação, a montagem expôs o talento dos atores que estavam em palco e agigantou o talento de Mayer, Verney, Caruso e Will Anderson.
Will Anderson e Chico Caruso em “Kiss me Kate” (2015). Foto: Leo Aversa
JOSÉ MAYER, COLE PORTER E A DUPLA MOELLER & BOTELHO
Aliás, Cole Porter é um marco na história da dupla Moeller & Botelho, pois foi com a obra ‘Cole Porter – Ele Nunca Disse que me Amava’ que eles despontaram no mercado do teatro musical. De lá para cá já foram dezenas de peças montadas pela dupla que se tornou a maior referência em teatro musical no Brasil.
Kiss me Kate teve sua primeira apresentação na Broadway em 1948 e já no ano seguinte (1949) ganhou o Prêmio Tony, a maior e mais reconhecida premiação de teatro musical no mundo.
No site da produtora Moeller Botelho, Charles Moeller destaca que “Não poderíamos fazer sem o Zé. Este é um projeto muito antigo e só retomamos porque encontramos um ator com todas as características que este complexo protagonista pede. O Zé é um profissional completo”.
Alessandra Verney e José Mayer em “Kiss me Kate” (2015). Foto: Leo Aversa.
Este foi o segundo encontro entre Moeller, Botelho e José Mayer. A primeira e premiada experiência havia sido em “Um violinista no telhado”, musical de Joseph Stein com letras de Sheldon Harnick e músicas de Jerry Bock, montado em 2011 e que trazia José Mayer no papel do leiteiro Tevye. Mayer ganhou os prêmios mais importantes do teatro por esta atuação.
*Blog criado em homenagem ao ator José Mayer.
